Quais cuidados tomar ao transportar medicamentos no voo?

Redação Nãovoei.com - Publicado em 18 de dezembro de 2017 - Atualizado em 20 de janeiro de 2021

Para muitas viagens — sejam elas curtas ou longas — existem particularidades que podem ser dificultadas para os passageiros. Entre elas, a necessidade em transportar medicamentos no voo, cuja burocracia envolvida pode dificultar o embarque.

Para evitar que essa situação seja recorrente em sua rotina de check-in nos aeroportos, é importante entender quais são as regras para transportar medicamentos em voos nacionais e internacionais. Algo que vamos apontar ao longo deste artigo, para que não restem dúvidas sobre o assunto.

Confira conosco tudo o que você precisa saber a respeito do transporte de remédios nos voos e evite transtornos!

O que fazer para transportar medicamentos crônicos?

Essa pode ser a principal dúvida dos passageiros aéreos, uma vez que os medicamentos para doenças crônicas devem ser tomados continuamente. E, muitas vezes, a duração do voo pode fazer com que as pessoas tenham que usá-los ainda em direção ao destino.

Por isso, algumas medidas preventivas devem ser adotadas para que as companhias aéreas permitam o seu embarque com a medicação crônica. A primeira delas é a companhia inseparável das prescrições médicas para uso do remédio.

Assim, você tem respaldo profissional para provar aos funcionários da empresa aérea que você necessita daquela medicação — especialmente, em um voo internacional, mas vale a pena tê-las em mãos para evitar qualquer imprevisto, não é mesmo?

No caso dos voos para outros países, certifique-se também de levar consigo a nota fiscal ou mesmo uma versão em inglês de sua receita médica. Como as normas sanitárias variam, entre diferentes fronteiras, é bom contar com algo que seja facilmente identificável pelas autoridades.

Além disso, para evitar extravios, você deve transportar medicamentos crônicos sempre em sua bagagem de mão. Mantenha-os em local acessível e visível, e procure carregar somente a quantidade necessária para o voo.

Vale, ainda, se atentar às recomendações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a respeito do transporte de medicamentos: acondicioná-los em embalagem plástica — transparente e vedada —, preferencialmente — e na caixa original. Tudo que facilitar a inspeção dos funcionários do aeroporto, melhor.

Existe uma quantidade ideal a ser transportada?

Como mencionado, ao transportar medicamentos para doenças crônicas em seu voo, tenha em mente que é importante carregar apenas a quantidade necessária ao longo do trajeto.

Além disso, outras regras compreendem a quantidade que os órgãos permitem a bordo. Para líquidos, por exemplo, a Agência Nacional de Aviação Civil aponta que os líquidos devem estar cem frascos com, no máximo, 100 ml de capacidade — quando na bagagem de mão. Isso vale tanto para xaropes, portanto, quanto para pomadas, cremes e medicamentos em spray.

Para facilitar, acondicione-os em frascos adequados às orientações dos órgãos, e mantenha os medicamentos em uma embalagem que pese até 1 kg, e que tenha, no máximo, 20 x 20 cm.

Quais remédios levar em uma viagem internacional?

Abaixo, separamos uma lista para você ter um kit farmácia completo para grande parte de nossas necessidades. Claro que, mediante a sua necessidade em usar medicamentos específicos, essa lista pode ser personalizada. Faça um checklist com remédios para:

  • Dor de garganta;
  • Gripe;
  • Diarreia;
  • Dor de estômago;
  • Má digestão;
  • Enjoo;
  • Dor de cabeça;
  • Febre;
  • Cólicas;
  • Termômetro;
  • Curativos adesivos;
  • Esparadrapos, algodão e gaze;
  • Analgésicos.

Pode parecer bastante coisa, mas convém tê-los em mãos para garantir que aqueles probleminhas de saúde sejam facilmente resolvidos. Estando em outras fronteiras, essas questões podem assumir proporções maiores se você não tiver soluções rápidas em mãos.

Como funcionam as regras para viagens internacionais?

Mencionamos, acima, que as regras podem variar em viagens internacionais para transportar medicamentos. Dessa maneira, é importante se informar antecipadamente o que exigem os órgãos fiscalizadores dos países que você pretende visitar.

Vamos, primeiramente, às dicas básicas: independentemente da duração de sua viagem, é bom montar um “kit farmácia” com medicamentos para todo tipo de necessidade. Afinal de contas, é melhor ter em mãos remédios que você já conhece, do que se deparar com inúmeras marcas desconhecidas em um país inteiramente desconhecido.

É importante evitar que os seus medicamentos crônicos, citados no tópico anterior, fiquem todos em sua bagagem. Imagine se, por algum motivo, sua mala é extraviada com os medicamentos? Daí a nossa dica para que você carregue sempre as receitas, com a assinatura de seu médico, e uma possível prescrição em inglês.

Outros pontos a se atentar, no uso e transporte de medicamentos durante o voo:

  • Insulina ou mesmo alimentos especiais devem ser transportados apenas na quantidade necessária para uso durante o voo;
  • Outros medicamentos injetáveis podem ser aplicados também, desde que a as agulhas estejam devidamente acondicionadas em embalagens lacradas — e é importante apresentá-las aos fiscais durante o procedimento de embarque;
  • Cilindros de oxigênio também podem ser levados, no voo, mas o procedimento é mais complexo, já que são materiais proibidos. Assim, a companhia aérea deve ser comunicada com, pelo menos, 72 horas de antecedência, e mediante comprovação de que o instrumento é necessário para o paciente;
  • Medicamentos que devem ser mantidos refrigerados também devem ser comunicados à empresa aérea com 72h de antecedência, pelo menos. Como não é permitido embarcar com gelo, no avião, os funcionários podem acomodar sua medicação em compartimentos apropriados.

Outra dica para evitar que imprevistos impeçam você de transportar medicamentos é entrando em contato com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O órgão fiscalizador pode orientar você a respeito das condições e restrições específicas para cada país que você pretende visitar, facilitando o processo de inspeção dos funcionários do aeroporto.

Caso a mesma não consiga informar você de maneira precisa, convém entrar em contato com a embaixada ou o consulado do seu país de destino. Assim, sua viagem pode transcorrer sem grandes problemas, e a sua medicação permanecerá segura, a bordo com você.

Quais documentos ter em mãos ao transportar medicamentos?

Falamos brevemente sobre a questão, nos tópicos anteriores. No entanto, vale o reforço para que os seus trajetos aéreos transcorram sem problemas com os órgãos fiscalizadores.

Por isso, seguem as principais recomendações para que você consiga transportar medicamentos e não precise recorrer aos direitos dos passageiros e enfrentar uma dura burocracia para embarcar com os seus remédios:

  • Tenha sempre as prescrições médicas — com uma versão em inglês delas, em viagens internacionais — com você para apresentá-las durante a inspeção de segurança;
  • Qualquer necessidade, como manter os medicamentos refrigerados — deve ser previamente comunicada à companhia aérea;
  • O uso da geladeira do avião ou mesmo a necessidade de uma bolsa térmica com gelo (seco ou comum) deve ser solicitada às empresas aéreas com antecedência;
  • Caso tenha que comprar remédios no país de destino, tenha a receita em inglês ou faça uma tradução juramentada da mesma, antes, para não ter que arcar o valor de consultas médicas internacionais.

Qualquer outra necessidade em particular que se fizer necessária deve ser antecipadamente comunicada à companhia aérea. Lembre-se que transportar medicamentos é um assunto levado a sério, nos aeroportos, e você deve conseguir comprovar a necessidade em levá-los.

É possível comprar medicamentos de uso controlado no exterior?

Sim, você pode comprar medicamentos controlados em outros países. Até por isso, apontamos a importância em ter as receitas médicas em outro idioma — além de servir para a conferência dos fiscais nos aeroportos —, embora elas não tenham autoridade para a compra.

Nesses casos, é importante observar se a sua prescrição possui validade, no país de destino. Do contrário, ela vai servir como um documento comprobatório de sua necessidade ao realizar a consulta médica nesse país.

Uma dica: procure se atentar se o seu seguro-viagem cobre esse tipo de consulta. Do contrário, é importante ter em mente quanto você vai gastar, em média, com consultas para acrescentar ao seu orçamento de viagem.

É preciso receita para transportar medicamentos de uso para o dia a dia?

Por fim, é importante saber quais medicamentos de uso geral — aqueles que independem de prescrição médica — podem ser transportados. No caso da nossa popular Dipirona Sódica, alguns países a consideram uma substância de uso restrito. Assim, comprá-la em outros países pode ser um verdadeiro esforço.

Anti-inflamatórios, também, possuem certas restrições em viagens internacionais. Por isso, o kit farmácia deve contemplar esses remédios que, por aqui, não exigem receita médica e devem acompanhar você em qualquer tipo de viagem — independentemente de sua duração.

Isso tudo faz com que você consiga se precaver contra a maioria dos imprevistos e problemas de saúde dos quais estamos sujeitos. É fundamental estar à frente dos problemas, ao planejar uma viagem, e transportar medicamentos é uma prática igualmente complicada — principalmente, para fora do Brasil.

Algo que pode ser fundamental, nessa questão, é estar por dentro da nova política para malas de viagens. Assim, você descobre em detalhes o que pode ou não embarcar com você — e em qual quantidade.

Esperamos que essas dicas e orientações sobre transportar medicamentos tenham sido proveitosas. E, caso já tenha tido algum tipo de experiência em aeroportos, compartilhe-as conosco, no campo de comentários deste post!