Voos internacionais: 7 principais recomendações para estar atento!

Redação Nãovoei.com - Publicado em 13 de novembro de 2017 - Atualizado em 20 de janeiro de 2021

Mesmo os viajantes mais experientes se veem diante de novas experiências às vésperas de voos internacionais. Afinal, os procedimentos e os cuidados a serem tomados diferem, um pouco, do processo que envolve os voos domésticos.

No entanto, não é nada que levante o sinal de alerta e preocupação para você. O ideal é que você aproveite mesmo aquela passagem aérea promocional e se divirta ao máximo em outras fronteiras e culturas.

E, para ajudar, nós reunimos, neste post, as principais recomendações para você se atentar em voos internacionais e garantir uma viagem mais segura e tranquila.

1. Cuidados com o check-in

Aí está uma das principais mudanças entre as viagens para destinos nacionais e os voo internacionais. Em geral, as companhias aéreas têm como padrão a abertura para o check-in das seguintes maneiras:

  • On-line: cerca de 72h de antecedência ao seu voo;
  • Nos balcões dos aeroportos, presencialmente: de 4 a 2h de antecedência ao voo.

Até por isso, o ideal é que você consiga se antecipar, nesse processo, para evitar filas de última hora e eventuais imprevistos que podem dificultar o check-in. Especialmente, porque as empresas possuem políticas distintas a respeito do fechamento desse serviço, o que pode confundir os passageiros aéreos.

No entanto, vale apontar um padrão entre as companhias aéreas: elas costumam fechar os seus balcões de atendimento cerca de 1 hora antes da partida do voo internacional.

Agora, com a sua passagem em mãos, basta seguir para o portão de embarque e se atentar às regras da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) sobre os horários relativos a esse processo:

  • Até 30 minutos antes do horário estabelecido de decolagem, para voos domésticos;
  • Até 60 minutos antes do horário estabelecido de decolagem, para voos internacionais.

Procure fazer isso com certa antecedência, também, pois isso faz com que você se mantenha nos prazos estipulados pela companhia e garante o embarque sem problemas.

Inclusive, você já está por dentro da nova política para malas de viagens? Recomendamos que você as conheça-as antes de fazer o check-in.

2. Atenção à documentação obrigatória para voos internacionais

O passaporte válido, como se sabe, é um dos requisitos obrigatórios para a realização de voos internacionais — com algumas exceções, como os países pertencentes ao Mercosul (nesses casos, um documento de identidade válido é exigido). São os casos de:

  • Argentina;
  • Bolívia;
  • Chile;
  • Colômbia;
  • Equador;
  • Paraguai;
  • Peru;
  • Uruguai.

Além disso, é fundamental se certificar a respeito da validade do passaporte, pois os países estrangeiros vão barrar a entrada de quem estiver com a data de viagem próxima ao período de expiração do documento. Antes de viajar, portanto, cheque as datas e renove o passaporte, se necessário, evitando imprevistos.

Vale apontar também que o visto é um requisito fundamental para o ingresso de brasileiros em determinados países. E isso vale tanto para o seu destino final quanto para os países em que o seu voo fará conexões.

O procedimento envolve custos e, por isso, é indicado que você cheque o itinerário do seu voo internacional em busca dos destinos onde vão ocorrer eventuais conexões — e se o visto é exigido nessas situações. Inclusive, a antecedência com a qual ele é requisitado. Para Cuba e Indonésia, por exemplo, é possível fazê-lo no check-in, diretamente com a companhia aérea.

Cuidado também com a vacinação para voos internacionais

Muitos países impedem a entrada de viajantes que não possuam o Certificado Internacional de Vacinação. É necessário, portanto, averiguar se o destino de sua próxima viagem internacional faz essa exigência — você pode conferir aqui.

Para emitir o certificado, é necessário ir até um dos centros de Orientação para a Saúde do Viajante da Anvisa munido do Cartão Nacional de Vacinação e também um documento de identificação oficial (com foto). Vale lembrar que você não precisa ter uma viagem marcada para se vacinar. Ou seja: é até recomendável que você o faça, adquirindo proteção para o resto da vida contra a febre amarela, pois as vacinas têm duração vitalícia, hoje em dia.

No entanto, a febre amarela não é a única doença da qual os países visam proteger os viajantes e os seus habitantes. Convém analisar a listagem para emitir o seu Certificado Internacional de Vacinação e Profilaxia.

3. Providencie os documentos necessários ao viajar com menores de idade

Também é importante observar que, na companhia de menores de idade, uma documentação específica também é requisitada para os responsáveis. Por exemplo: crianças desacompanhadas só podem embarcar em voos internacionais mediante a apresentação de uma autorização judicial ou emitida pelos responsáveis legais da criança.

4. Observe atentamente as regras relacionadas à bagagem de mão

Em voos internacionais as regras referentes à bagagem de mão diferem um pouco das já conhecidas para voos domésticos. Mas, em muitas outras questões, as restrições são as mesmas. Como, por exemplo:

  • Objetos cortantes ou perfurantes;
  • Líquidos, géis e pastas devem conter até 100 ml e mantidos no interior de recipientes plásticos e transparentes com até 1 litro de capacidade;
  • Qualquer líquido comprado no free shop deve estar embalado e selado, na sacola, com a nota fiscal dos produtos em mãos;
  • Medicamentos só são autorizados mediante apresentação de prescrição médica;
  • Alimentações restritivas ou especiais para bebês devem ser transportados somente na quantidade que será utilizada ao longo do voo internacional.

Outro ponto a se atentar é a capacidade total permitida para a sua bagagem de mão. Cada companhia aérea possui as suas restrições e é conveniente questionar as atendentes no balcão das empresas. Assim, você despacha antecipadamente o que não for permitido.

5. Certifique-se do que pode ser trazido de fora para o Brasil

Os voos internacionais não contemplam apenas o itinerário de ida, mas o de regresso ao seu país de origem também. E, como em qualquer outra fronteira, o Brasil possui uma série de restrições a respeito do que pode ser trazido como lembrança de suas viagens.

Vegetais e animais vivos, por exemplo, bem como os seus derivados — capazes de transportar doenças diversas — podem ser trazidos quando comprados em um free shop nacional, por exemplo, pois eles passam por um controle antes de serem comercializados.

Pode parecer que isso não se aplica a você, mas lembre-se que estão incluídos nessa listagem derivados de leite em geral, como queijos e iogurtes. O mesmo se aplica a carnes cruas, enlatadas e os tradicionais embutidos.

Não se preocupe com os chocolates, vinhos e outras bebidas alcoólicas, azeite de oliva, bebidas e doces em conserva e conservas que você comprou para presentear entes queridos — ou a si mesmo: esses estão liberados. Mas, para facilitar a respeito do que não pode entrar no país sem autorização prévia, listamos os itens abaixo:

  • Frutas e hortaliças frescas;
  • Insetos em geral, além de fungos;
  • Flores e plantas, ou até mesmo meras partes delas — o mesmo se aplica a sementes, bulbos e mudas;
  • Animais domésticos, como cães e gatos;
  • Aves domésticas e silvestres;
  • Espécies exóticas de animais;
  • Carnes industrializadas ou in natura de qualquer espécie animal;
  • Leite e produtos lácteos;
  • Produtos apícolas, como é o caso do mel e do própolis, entre outros;
  • Ovos e derivados;
  • Pescados e derivados;
  • Sêmen e embriões;
  • Produtos biológicos e de uso veterinário, com vacinas, medicamentos e soro — nessas situações é exigido o devido registro junto ao MAPA;
  • Alimentos específicos para a dieta de animais domésticos — que também exigem o registro junto ao MAPA;
  • Terras e madeiras brutas não tratadas;
  • Produtos agrotóxicos;
  • Material biológico para pesquisa científica;
  • Comida servida a bordo.

A lista é extensão, não é verdade? Mas é um bom indicativo para que você se previna e não entre em conflitos desnecessários com as autoridades em qualquer etapa do seu embarque.

6. Adeque-se às regras para viajar com animais de estimação

Quem não gosta da companhia dos seus animais de estimação, não é verdade? Acontece que, em voos internacionais, existem uma série de providências a serem tomadas para que eles acompanhem você e a sua família ou amigos nessa aventura no exterior.

É importante, em primeiro lugar, que se obtenha o Certificado Zoossanitário Internacional (CZI), que é emitido pela autoridade veterinária oficial do seu país, visando adequar-se aos requisitos sanitários — algo que pode variar de acordo com a espécie do animal.

Isso significa que, ao sair em voos internacionais, você também deve averiguar as exigências do país de destino, devendo solicitar a emissão do CZI diretamente com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).

7. Como proceder diante de voos internacionais com conexão

Por fim, todo viajante deve se atentar às regras de conexões, em voos internacionais, que variam entre os países. Para tanto, ao auxílio de um comissário de bordo se faz mais que necessário para orientar os passageiros aéreos nessas situações.

Além disso, anote o número do voo e tenha o itinerário em mãos. Ajuda para pedir orientações e também para se guiar de acordo com o painel de informações de partidas do aeroporto em que você se encontrar.

Vale, inclusive, também se informar a respeito dos seus direitos como passageiro aéreo. Afinal de contas, existem muitos detalhes que compõem os voos internacionais, mas você também está cercado de direitos legais, sabia?

E, caso já tenha tido algum tipo de experiência em voos internacionais, e que tenha esbarrado em algum dos itens que apontamos neste artigo, compartilhe conosco como aconteceu e como foi resolvido, no campo de comentários deste post!